As doenças de
plantas são responsáveis por perdas de 14% em todo o mundo,
enquanto 56,6% da população de países em desenvolvimento
(brasil-sil-sil) está engajada em algum setor agrícola essa taxa
caí para menos de 10% nos países desenvolvidos.
É por isso
que mesmo em pequenas propriedades caso tenha o controle dessas e
outras questões é totalmente possível chegar a tão sonhada
independência financeira, afinal o produtor médio brasileiro como
irei tratar mais adiante em outro post (podem me cobrar caso eu
esqueça) é o típico cara que gosta de rasgar dinheiro todo
dia e ainda se acha o dono da razão, o intocável, o sabe-tudo.
O termo
fitopatologia é originado do grego; fito = phyton (planta,vegetal),
pato = pathos (doença),
logia = logos
(tratado,estudo). Ou seja, é a ciência que estuda as doenças de
plantas, causadas por diversos agentes por exemplo:
1- Candidatus
liberibacter (bactéria,
causadora
do "greening"
também conhecida como doença do dragão amarelo);
2-
Heterodera glycines (nematóide,
causador do cisto da soja)
3-
Phakopsora pachyrhizi (fungo
, causador da
ferrugem asiática da
soja)
4-
Bean
golden mosaic virus (vírus
transmitido pela Bemisia
tabaci,
popularmente conhecida como mosca
branca)
O triângulo
da doença representa as interações patógeno, ambiente e
hospedeiro.É uma importante forma de construir um controle ao atuar
em um ou nos três vértices do triângulo partindo do conceito de
que para que ocorra doença no campo, é necessário um ambiente
favorável ao patógeno, hospedeiro suscetível e que o
patógeno esteja presente e seja capaz de causar doença.
CICLO DE VIDA
DOS FITOPATÓGENOS
a etapa de
germinação ocorre apenas para os fungos que para serem
gerados necessitam da germinação de escleródios ou esporos.
Dispersão
– Os principais meios de dispersão dos fitopatógenos são:
material propagativo infectado (mudas,por exemplo), vento
(agente de grande influência para dispersão de esporos
fúngicos), água (irrigação, chuva, etc), insetos,
implementos agrícolas, animais, homem. Este último, historicamente
tem sido o principal agente de dispersão de doenças exóticas no
país.
Inoculação
– Corresponde à
transferência do local onde o inóculo do
fitopatógeno é produzido para o ponto no hospedeiro onde ocorrerá
a infecção.É importante dizer aqui que inóculo é toda porção
do patógeno capaz de iniciar a doença e fonte de inóculo
é o local onde o mesmo é produzido,são exemplos de inóculos
(micélios, partículas virais, ovos de nematoides) e como fonte
(sementes, plantas, restos de culturas).
Penetração
– O patógeno consegue entrar
nos tecidos do hospedeiro por duas vias: direta
ou indireta.A
penetração direta é típica de nematoides e fungos, no primeiro
caso a penetração ocorre devido ao estilete do nematoide formado após a primeira ecdise e que consegue perfurar o tecido do
hospedeiro, o nematoide então de acordo com seu hábito de
parasitismo pode entrar completamente no hospedeiro ou
permanecer fora (ectoparasita).No segundo caso,os fungos após a
germinação criam um tubo
germinativo que ao alongar-se desenvolve o apressório, estrutura
responsável pela aderência do fugo ao hospedeiro e também para
auxiliar na penetração e por fim parte um primórdio de hifa mais
delgada, conhecida como hifa infectiva capaz de penetrar no
hospedeiro.
A
penetração indireta ocorre por meio de ferimentos ou aberturar
naturais (hidatódios, estômatos, lenticelas) bactérias, vírus,
muitos fungos penetram indiretamente.
Infecção
– Desencadeia dois eventos
importantes: o aparecimento de sintomas e sinais.
Sintoma
é o conjunto de alterações fisiológicas e morfológicas que ocorrem
no hospedeiro, o intervalo de tempo entre a inoculação até o
sintoma é conhecido como período de incubação.
Sinal é a presença de estruturas do fitopatógeno que
podem ser observadas e o intervalo de tempo entra a inoculação até
o sinal é conhecido com período latente.
Colonização
– Quando o patógeno ocupa os
tecidos do hospedeiro.
Reprodução
– A reprodução do fitopatógeno pode ocorrer no interior dos
tecidos ou externamente a eles.
Sobrevivência
– Etapa que garante a sobrevivência dos fitopatógenos por meio de
estratégias na ausência de hospedeiro e/ou situações críticas do
clima. Os fungos por exemplo, sobrevivem na forma de
micélio ou através de
estruturas de sobrevivência: escleródios
ou esporos.
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